terça-feira, 4 de novembro de 2008

O que é para mim o currículo?

O conceito de “currículo” surge na antiguidade clássica e deseja acompanhar a escola dentro do seu contexto de sistematizar conhecimentos.
Bobbit descreve o currículo como um processo de racionalização de resultados educacionais, cuidadosa e rigorosamente especificados e medidos. O currículo afigura-se a uma fábrica. Os estudantes devem ser processados como um produto fabril.
As ideologias de Bobbit são idênticas ao conceito de programa, que evolui no tempo para um conceito mais amplo que privilegia o contexto escolar e todos os factores que nele interagem.
Para Tyler o currículo centra-se na organização e desenvolvimento, sendo como uma questão técnica e não dá importância aos aspectos genéricos.
Tanto Tyler como Bobbit descrevem o currículo segundo uma óptica tradicional: de como fazer o currículo. A teoria tradicional pretende definir a finalidade da escola.
As diferentes teorias de currículo demonstram que este é um conceito plurifacetado e complexo, isto é, podemos utilizar diversas orientações do currículo.
A palavra currículo é utilizada com vários sentidos e definições. O currículo é:
· “Não é um conceito, mas uma construção cultural. Isto é, não se trata de um conceito abstracto que tenha algum tipo de existência fora e previamente à experiência humana. É, antes, um modo de organizar uma série de práticas educativas” (Grundy, 1987)
· “ O que o professor deve levar a aprender sendo considerado um plano de estudos organizado em conteúdos disciplinares, prescrito pelas autoridades resultado de uma selecção e de uma cultura acumulada” (Isambert- Jamati, 1992).
· “Um processo inacabado que integra opções, dimensões valorativas, atitudinais e técnicas, é um processo de deliberação” (Pacheco, 1996).
· “O conjunto de aprendizagens que, por se considerarem socialmente necessárias num dado tempo e contexto, cabe à escola garantir e organizar” (DEB, 1999).

Quando nos referimos ao currículo não podemos esquecer as suas componentes: finalidades, objectivos, conteúdos, metodologia, recursos e avaliação. O grande desafio do currículo é funcionar como um ser todo coerente.
Os processos de gestão flexível e diferenciada em que o currículo é construído gerindo os programas, necessidades reais dos alunos e não um programa nacional. Os intervenientes principais na flexibilização curricular são os órgãos de gestão, o director de turma, o professor e os alunos.
Não podemos deixar de associar o desenvolvimento curricular e está sujeito a vários tipos de pressões: sociais, políticas, educacionais, inovação, etc.
O currículo implica um conjunto de resultados da aprendizagem, deverá funcionar como um todo, princípios e concepções didácticas que implicam a prática experimental.
A Escola e o sistema educativo não podem ser descontextualizados do enquadramento sócio económico.

Sem comentários: