segunda-feira, 9 de março de 2009

Plataforma LMS

Actualmente toda a nova tecnologia é importante e espontaneamente integra o quotidiano de quase todos os cidadãos. A aprendizagem é realizada ao longo da vida, desta forma os novos ambientes de aprendizagem distância com a integração das TIC são cada vez mais utilizados. Poderão ser uma ferramenta fundamental na formação de adultos das Novas Oportunidades.
Para Carvalho (2007:36) “o importante é criar situações que envolvem os alunos na aprendizagem, que os preparem para a tomada de decisão, numa sociedade globalizada e concorrencial”.
As plataformas de gestão de ensino-aprendizagem (LMS – Learning Management Systems) têm demonstrado ser um suporte fundamental no apoio ao ensino presencial e situações de ensino à distância. Embora estas plataformas tenham sido concebidas para apoiar essencialmente o ensino à distância, verifica-se que as mesmas podem ser utilizadas de forma proveitosa e produtiva nas actividades do contexto escolar do ensino presencial.
Numa primeira análise, o software das plataformas LMS pode ser classificado em duas categorias: software livre ou Open Source (ex.: Moodle, Dokeos, Claroline) e software comercial (ex.: Blackboard, WebCT, Learning Space, Docent).
As principais vantagens da utilização das plataformas de gestão de ensino-aprendizagem podem ser:
· Facilidade de comunicação, interacção e colaboração entre pares (alunos/alunos, professor/aluno(s), aluno(s)/professor, professor(es)/professor(es));
· Acessibilidade facilitada a conteúdos;
· Rapidez na distribuição, acesso e alteração de informação e conteúdos;
· Disponibiliza uma grande variedade de ferramentas;
· Possibilita uma maior participação dos alunos nas actividades;
· Gestão dos processos de ensino-aprendizagem;
· Facilita o trabalho colaborativo;
· Organização e centralização da informação e documentação.

Uma das limitações mais constrangedoras na implementação de uma plataforma numa escola será a falta de formação dos professores e/ou o acesso limitado. Quanto ao acesso limitado podemos falar no acesso à Internet, equipamentos ou plataforma fechada.

Referência:

Carvalho, A. (2007). Rentabilizar a Internet no Ensino Básico e Secundário: dos recursos e Ferramentas Online aos LMS. Sísifo. Revista de Ciências da Educação, 3, 25-40

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Reflexão e análise do percurso realizado

Estamos no final do primeiro semestre da parte curricular do nosso mestrado e por conseguinte, ao encerramento desta pequena etapa. Este facto, pressupõe uma reflexão sobre o trabalho desenvolvido e as aprendizagens efectuadas, no âmbito da Integração Curricular das TIC.
Posso distinguir três grupos de actividades desenvolvidas nesta disciplina: sala de aula, trabalho individual e trabalho em grupo.
O balanço efectuado de todo o trabalho desenvolvido é bastante positivo e permitiu adquirir novas aprendizagens. Por outro lado, permitiu também, uma reflexão e um questionamento constante sobre o trabalho produzido e as aprendizagens realizadas.
Desejo a todos os "navegantes" deste mestrado a continuação de um bom trabalho.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Quadros interactivos na minha Escola

A Escola onde lecciono é uma Secundária com 3º CEB, com cerca de 640 alunos, trinta e oito salas de aula e três quadros interactivos e dois dispositivos de interacção móvel EBeam. A escola obteve os dois primeiros quadros em 2005 com a participação no projecto Aprender com SMART promovido pelo Centro de Competência “Entre Mar e Serra”. Este projecto permitiu que a escola ficasse equipada com dois quadros interactivos e respectivos projectores multimédia, assim como decorreu uma acção de formação de docentes para dez professores da Escola. Mais tarde, cerca de mais oito professores realizaram acções de formação para elaboração de recursos multimédia para a utilização dos quadros interactivos.
A terceira sala foi apetrechada em 2007 com o quadro interactivo InterWrite no âmbito da iniciativa Atribuição de Equipamentos Tecnológicos para o Enriquecimento do Ensino e da Aprendizagem lançada pela DGIDC.
Em 2007 a escola adquiriu os EBeams no âmbito do projecto TIME - Tecnologias de Interacção Multimédia na Educação, onde foi acompanhada de uma nova acção de formação para a construção de recursos para estes dispositivos móveis.
Todos os equipamentos surgem na escola através de projectos ou iniciativas que envolvem sempre a formação de docentes. As acções de formação permitem a realização de trabalhos de forma colaborativa, assim como a produção de trabalhos com a sua integração em sala de aula.
Neste momento estas salas são requisitadas por qualquer docente que pretenda utilizar esta tecnologia. As desvantagens mais referidas pelos professores são a falta de tempo para a construção de recursos educativos com conteúdos para as suas áreas disciplinares e a indisponibilidade das salas.
Uma das questões chave na integração curricular de qualquer tecnologia na sala de aula, consiste no conhecimento das suas potencialidades assim como o conhecimento das suas possíveis consequências.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Comunidades de prática

As comunidades de prática (CoP's) são espaços sociais de acção, de saberes e identidades, em que os seus membros partilham as suas práticas. A aprendizagem ocorre nas práticas sociais, já a cognição é partilhada socialmente entre os membros da comunidade. A aprendizagem pode não ser intencional na comunidade.
Numa perspectiva mais ampla, as CoP’s podem ser consideradas ferramentas que permitem a construção do conhecimento que surge naturalmente nas relações sociais. As pessoas estão ligadas informalmente por um interesse comum no aprendizado e na aplicação prática.
O objectivo primordial das Comunidades de Prática será desenvolver as competências dos participantes, permitindo a partilha do conhecimento.
A evolução constante das tecnologias de informação e comunicação as relações transformaram-se em redes sociais cada vez mais frequentes e complexas.
Os elementos estruturais da CoP são prática, domínio e comunidade. O domínio será a área de conhecimento em volta do qual se constrói a comunidade e isto se transforma em sua identidade. Comunidade é “uma configuração social na qual nossos empreendimentos são definidos como valor perseguido e nossa participação é reconhecida como competência” (Wenger, 1998). Tem de haver uma comunidade, uma partilha e construção de novos conhecimentos.
O elemento mais importante será certamente a prática, logo ela é o desafio que agrupa e mobiliza os seus membros. Os membros da comunidade aprendem juntos como fazer coisas pelas quais se interessam.
Para criar uma boa ferramenta devem ser colocadas questões sobre os destinatários:
•Quais são as características pessoais?
•Que recursos de tecnologias têm disponíveis?
•Qual a experiência dos utilizadores com os computadores e Internet?
•Quais os objectivos que devem ser atingidos?
•Que necessidades os destinatários vão ter?


Etienne Wenger descreve uma comunidade de prática a partir de três dimensões: empreendimento comum, envolvimento mútuo e repositório de informação partilhada. A prática de uma comunidade inclui linguagem, instrumentos, documentos, símbolos, procedimentos e regras que as próprias práticas tornam explícitas.
Da minha experiência profissional optei por considerar a plataforma de aprendizagem em ambiente escolar, Moodle. Como professor da disciplina assumo o papel de dinamizador.
Nesta reflexão usarei dois princípios descritos no texto Wenger et al. (2005) “Technology for Communities”, são:
- Design de evolução – qualquer ferramenta deve evoluir ao longo do tempo. Quando se pensa em criar uma disciplina nesta plataforma, é necessário pensar no seu design, mas também é fundamental estar atento à evolução das condições ao longo do tempo. Verifico que os alunos criam rotinas e novas formas de comunicação. O administrador deve criar condições para que seja um espaço activo dos alunos entre pares e com o professor que será o elemento mais experiente.
Qualquer design da interface de um produto deve ser robusto e agradável do ponto de vista estético, assim como orientar e ganhar atenção do aprendiz.
Na minha experiência muitas das vezes existem negociações com os alunos inscritos na disciplina da plataforma como datas de entrega de trabalhos, pedidos de exercícios resolvidos, etc., possibilitando uma maior adaptação às características da diversidade dos alunos.


- Design para a facilidade de utilização e de aprendizagem – qualquer ferramenta deve permitir uma interacção fácil, aumentando as possibilidades de comunicação e apoio aos alunos.
As actividades propostas devem estar em sintonia com os objectivos e metas definidos. A variedade de recursos disponibilizados ao aluno deve permitir a aplicação dos conhecimentos, promovendo a transferências de conhecimentos para a resolução de novos problemas. Os alunos tem a oportunidade de aprender através do trabalho cooperativo.
Palavras-chave: comunidades de prática, tecnologias, design, aprendizagem


Bibliografia:
Wenger, E. (2005). Technology for communities. CEFRIO Book Chapter.
Santos, M. Um olhar sobre o conceito de “Comunidade de Prática”.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Comunidade_de_pr%C3%A1tica. (30 Nov. 2008)
http://sisifo.fpce.ul.pt/pdfs/sisifo03PT07.pdf (30 Nov. 2008)

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Sociogramas

O sociograma deste blog pode ser visualizado na imagem seguinte:

O método sociométrico tem como objectivo uma “avaliação” das relações interpessoais no seio dos grupos. Esta técnica pretende revelar e apreciar a estrutura de um grupo; os indivíduos dominantes ou populares; as divisões (racial, económica, etc.) e os padrões de aceitação e rejeição social.
Através do site http://www.aharef.info/static/htmlgraph/ podemos criar um sociograma de um URL.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Porquê comunicar e colaborar online?

Os seres humanos necessitam de comunicar para expressar e partilhar o seu conhecimento, assim como expressar as emoções. De uma forma tradicional, a comunicação efectua-se através da fala, escrita e expressões.
A Internet é conhecida pela “rede das redes” ou “auto-estrada da informação”, em que privilegia a comunicação online e estimula o trabalho colaborativo.
A comunidade educativa manifesta um grande interesse pela utilização da Internet, em que a maioria dos nossos alunos são utilizadores habituais dos serviços telemáticos disponíveis.
Penso que todos nós questionamos quais os riscos e benefícios da Internet.
Os educadores têm um papel fundamentar: aconselhar, alertar e dialogar com os jovens sobre os perigos existentes na Web, tal como os orientamos na sua vida quotidiana e o que devem evitar.
A aplicação de filtros e/ou inibição de aceder à Internet nunca será a solução para os problemas existentes na Web.
Será necessário educar para uma utilização positiva e sensibilizar para os riscos existentes, para que todos os utilizadores consigam identificar sozinhos o que lhes interessa e o que não lhes interessa.
Segundo Seymour Papert (1997): “as novas tecnologias podem ter um papel positivo ou negativo, dependendo da forma como são utilizadas”.
Pierre Lévy, defende que a sociedade passou por três etapas:
1. as sociedades fechadas, voltadas à cultura oral;
2. as sociedades civilizadas, imperialistas, com uso da escrita.
3. a cibercultura, relativa à globalização das sociedades.
A globalização obriga a que presente o fenómeno da infoinclusão, logo o espaço da sala de aula é um aliado às tecnologias. O problema surge como integrar plenamente as TIC no processo de ensino-aprendizagem.
Monereo (2005) identifica quatro competências sócio-cognitivas que podem e devem ser rentabilizadas na Internet: aprender a procurar informação, aprender a colaborar e aprender a participar na sociedade.
Actualmente, considera-se que uma aprendizagem efectiva deve ser colaborativa, directamente relacionada com os ambientes informatizados, como as plataformas de aprendizagem.
A aprendizagem colaborativa é sobretudo um processo de interacção social que deve ser promovida na Educação. Os alunos realizam actividades, resolvem problemas em cooperação e participam em tarefas comuns. Nem todas as aprendizagens se fazem de modo colaborativo e nem todos os alunos gostam de aprender nesses ambientes (Hopper, 2003).
De uma forma geral a integração das TIC no ensino trouxeram grandes vantagens:
· A comunicação à distância (síncrona ou assíncrona);
· Custos reduzidos de comunicações;
· Interacção de todos os participantes;
· Partilha de experiências e conhecimentos;
· As plataformas de apoio à aprendizagem facilitam a disponibilização de recursos, registos de actividades dos utilizadores.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Tecnologia e Metodologia

Aqui vai um exemplo da integração da tecnologia na sala de aula mas com a mesma metodologia... c'est la vie!




quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

E-Portefólio

“Portfolios são documentos personalizados do percurso de aprendizagem, são ricos e contextualizados. Contêm documentação organizada com propósito especifico que claramente demonstra conhecimentos, capacidades, disposições e desempenhos específicos alcançados durante um período de tempo. Os Portfolios representam ligações estabelecidas entre acções e crenças, pensamento e acção, provas e critérios. São um meio de reflexão que possibilita a construção de sentido, torna o processo de aprendizagem transparente e a aprendizagem visível, cristaliza perspectivas e antecipa direcções futuras.” (Jones & Shelton, 2006)

O conceito de Portefólio é utilizado na educação como uma ferramenta pedagógica que permite a utilização de uma metodologia diferenciada e diversificada de monitorização e avaliação do processo de ensino e aprendizagem, não desprezando todas as situações que envolvem a aprendizagem e o aprendizado. A utilização de portefolios de aprendizagem dá importância e evidência ao processo formativo de aquisição, treino e desenvolvimento de competências. O seu carácter compreensivo, de registo longitudinal, permite detectar dificuldades e agir em tempo útil, ajudando o aluno a melhorar.
O Portefólio é a ferramenta apropriada para a modalidade de avaliação participada uma vez que facilita a organização dos produtos desenvolvidos, mostrando a sua a sequência e respectiva evolução.
Na última década surge o termo e-Portefólio como uma ferramenta do século XXI, em que podemos designá-lo de portefólio digital, com inúmeras potencialidades: a capacidade de comunicar, de partilhar ideias e experiências, etc.
A pesquisa de sites sobre portefólio dá-nos uma ideia da forma surpreendente como podemos tirar partido deste recurso.
O e-Portefólio estimula os alunos a pensar sobre a sua aprendizagem num contexto mais vasto uma vez que normalmente o partilham na Web.


Referências Bibliográficas:
http://www.educause.edu/ELI/Archives/EPortfolios/5524?time=1230134330
http://en.wikipedia.org/wiki/EPortfolio
http://gabinetedeinformatica.net/wp15/2007/01/05/portafolios-electronico-que-son-y-como-pueden-beneficiar-experiencias-de-aprendizaje-i/
http://www.uminho.pt/ModuleLeft.aspx?mdl=%7E/Modules/UMEventos/EventoView.ascx&ItemID=502&Mid=232&lang=pt-PT&pageid=118&tabid=0
http://www.dgidc.min-edu.pt/serprof/acurric/av_es/texto(26).pdf