quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O currículo sob uma visão crítica

Compete ao ensino secundário promover nos jovens que o frequentam os conhecimentos, as capacidades e atitudes fundamentais, estruturantes e de natureza instrumental, que lhes permitam prosseguir os seus percursos profissionais, académicos e pessoais, numa perspectiva da educação e de formação ao longo da vida, assumindo-se como cidadãos de pleno direito, críticos e intervenientes, numa sociedade democrática moderna e desenvolvida, (DES, 2000).
A Escola é uma organização, que obrigatoriamente reflecte sobre os modos como se organiza, pensa, age e se (re)constrói no seu quotidiano.
As teorias críticas dizem-nos que o currículo é uma construção social, sendo o resultado de um processo histórico.
Segundo estas teorias, o currículo da escola está baseado na cultura dominante. Os alunos das classes dominantes estão no seu ambiente natural. Sendo assim, as crianças e os jovens das classes dominadas estão em ambientes estranhos e não serão bem sucedidas.
Bordieu e Passeron propõem que as crianças das classes dominadas tenham uma educação que lhes permita ter na escola experiencias vividas pelas crianças das classes dominantes em família.
Esta perspectiva, não ignora que outros factores não possam influir na eficácia de um currículo, tais como as características: dos alunos, dos professores, do sistema educativo e da Escola.
As TIC não são as soluções para todos os problemas da Escola, pois as tecnologias trazem vantagens mas também desvantagens.
O Plano Tecnológico da Educação ou PTE será um passo importante para a modernização tecnológica das escolas, sendo constituído pelos eixos de tecnologia, conteúdos e formação. Sob a visão crítica o currículo é um espaço de poder, confirmando com a implementação do PTE e as suas medidas.
“Um computador ligado à internet em cada sala de aula é melhor do que nada, mas não é mais do que um mísero e pequeno passo em direcção à verdadeira mudança", (Papert, 1997).

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